Foucault já nos aponta que a mudança é o que talvez devesse ser eterno
Não quero ser conhecida pelos feitos constantes, pelas características rotineiras
Uma parte de mim se espanta, assusto-me com coisa pouca, sim assusto-me!
Dialogo com o medo, com o exagero, com receios que não me cabem
Visível é essa fala atropelada que por vezes me sufoca,
Mas uma parte de mim também é silêncio, e que isso não vá de encontro ao que eu supostamente "deveria ser".
Ousadia... pode ser talvez levar meus passos a outras ruas, talvez um pouco distante daquelas que já bem conhecem.
É que as vezes é preciso dar face ao novo e lembrar que o seguro, um dia já não foi.
A construção é algo repentino e constante
Não me preocupar com os atributos que me conceituam
Mas deixar que a brisa passe e me acalme, ou que por vezes passe a tempestade, e eu saiba me conduzir nela.
Não quero saber o conhecido, sempre.
Nem ter compromisso com a identidade.
O movimento é o que conduz... e por que não... seduz?
A falta dele é o que pode nos manter em lugares sufocantes.
Não quero coerências... quero reticências
Talvez um pouco de coerência hoje, ou quem sabe amanhã
Mas, com certeza, não sempre
Que as satisfações não aclamem o seguro
Não nos defina, não nos paralise.
E que o fluxo nos passe e por que não, de vez em quando nos leve...
3 comentários:
Depois dessa, vou ter que refletir sobre mim.. sobre meu fluxo... pra onde vou? com que intenção? com que velocidade?
seus textos sempre sao fantasticos!!
boa reflexão....
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